Tudo começa na infância…

Não é só os primeiros passos, as primeiras palavras e as primeiras imagens do mundo que surgem em nossas vidas na infância.

Infelizmente, é também nessa fase que certas desigualdades que, por já estarem enraizadas no cotidiano social, começam a apresentar indícios na vida de nós mulheres.

É sempre com frases como “meninas não podem fazer isso”, “lugar de menina é em casa com a mãe para aprender a cuidar do lar”, que tudo começa. O eterno estereótipo de que mulher nasceu para ser dona de casa e mãe. Pode ser, mas também nasceu para empreender, para sonhar e para fazer o que ela quiser.

Uma pesquisa recente realizada pela organização Plan, mostra a realidade dessa desigualdade:

Segundo dados coletados com crianças de cinco estados brasileiros, 81,4% das meninas entrevistadas arrumam a própria cama, já apenas 11,6% dos meninos, fazem o mesmo.

Mesma coisa com o hábito de lavar a louça, 76,8% das meninas realizam e 65,6% delas também faxinam a casa. Enquanto isso, apenas 12,5% dos garotos lavam a louça e 11,4% limpam o lar.

Reflexo Profissional

Essa é a hora do texto na qual você se pergunta, mas o que isso tudo tem a ver com o mercado de trabalho? como isso pode afetar as mulheres profissionalmente? E nós te respondemos: com a cultura que crescemos de que as mulheres são “cuidadoras” e os homens “a independência e a fonte financeira do lar”.

Prova disso é que, em profissões associadas ao cuidado, mulheres estão em maioria.

Por exemplo, do total de 2 milhões de professores de ensino básico no Brasil, 1,6 milhão são do sexo feminino. Mesma coisa na educação infantil, são 1,5 milhão de mulheres contra apenas 13,5 mil homens.  

Ao passo que em profissões, tidas como “masculinas” como engenharias, as mulheres além de estarem minoria, normalmente possuem uma remuneração mais baixa que a dos homens.  

Porém, esse cenário está caminhando para ser revertido.

Segundo números do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de 2003 a 2013 o número de mulheres em graduações de Engenharia saltou de 24.554 para 57.022.

O gênero feminino também vem se destacando em trabalhos do segmento da construção civil. De acordo com o Ministério do Trabalho e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), de 2002 até 2012, a participação de mulheres neste setor cresceu 65%.

Isso ainda precisa ser feito

Criar e educar meninas não é uma tarefa fácil, não tem uma receita de bolo. Mas, o fato é: elas se espelham, pegam exemplos e encontra na figura da mãe algo para admirar. Sendo assim, nosso dever é encontrar sempre as melhores coisas e exalta-las.

Elogie suas qualidades, reconheça suas habilidades, incentive a autonomia, independência. coloque o conforto sempre em primeiro lugar, fuja dos padrões, de beleza, de roupas, de tudo! Seja livre, leve e seja você.

Dessa forma, sua pequena vai crescer em um cenário onde ser você mesmo é ser [+], é ser dona do seu destino e poder, lá na frente, conquistar e viver quantas coisas [+] ela quiser.  

E se você é mulher e quer se juntar a nós para fazer acontecer no projeto Menina [+], nos envia uma mensagem no WhatsApp +55 18 99671-8167 que te explicamos melhor. Você também pode entender melhor o projeto em nosso Instagram @blog.mulhermais.vc.